Mercado Financeiro
IBOVESPA
O Ibovespa abriu a semana em queda e o dólar voltou a bater máximas desde o início do ano passado no fechamento desta segunda-feira (17), com cenário fiscal do Brasil se sobressaindo ao clima positivo nas bolsas globais.
O mercado voltou a ver o cenário de inflação e juros mais pressionados, ao passo que reacenderam temores de perda de controle dos gastos públicos pelo governo federal, em uma semana também com forte expectativa pela paralisação do atual ciclo de queda da Selic pelo Banco Central (BC).
Diante deste cenário, o principal índice do mercado doméstico recuou 0,44%, aos 119.137 pontos, se mantendo no pior patamar desde novembro de 2023.
O desempenho foi pressionado também pela queda de 0,4% da Vale (VALE3), em dia de nova baixa no minério de ferro, enquanto o setor financeiro equilibrou com alta em bloco, com destaque para os avanços de 2,44% do Itaú (ITUB4) e 1,83% da B3 (B3SA3).
O cautela com o cenário doméstico deu novo fôlego ao dólar, que fechou a sessão com avanço de 0,76%, negociado a R$ 5,422 na venda. O movimento da continuidade ao ciclo de avanço do câmbio, que há quatro semanas soma valorização ante o real, o que fixa a divisa no patamar mais pressionado desde janeiro do ano passado, no início do governo Lula.
Juros Futuro afeta todas as classes de ativos
As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em alta desde o inicio do mês em sintonia com o mau humor no mercado internacional e as preocupações com o quadro fiscal brasileiro. Nesta semana, o evento econômico mais esperado é a decisão de política monetária do Banco Central.
As apostas do mercado são de manutenção da taxa Selic nos atuais 10,50%, com decisão unânime entre os diretores do BC – algo visto como primordial no mercado, sob risco de criação de novos ruídos e mais volatilidade no mercado.
Na parte fiscal, há forte expectativa de que o governo anuncie medidas concretas para redução de despesas, depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, acenaram com uma ampla revisão de gastos públicos.








